Resenha Casa das Máquinas

O curta “Casa das Máquinas”, de Daniel Herthel e Maria Leite é um convite ao despertar do conhecimento. Merecidamente vencedor de festivais como Animamundi e premiações como o 9th Circuito Off Venice International Short Film Festival RTP2 Onda Curta Award Venice / Italy 2008), a obra trascende pensamentos modernos, instigando o positivismo Comteano no espectador ao mostrar um elaborado sistema maquinário que proporciona um simples movimento de uma bailarina de madeira.

A cena inicial, onde uma chave é introduzida na fechadura, é o ponto caótico que desencadeia uma série de eventos. Assim como o derrubar de centenas de peças de dominó enfileiradas, o espectador consegue observar a harmonia existe entre cada elemento da máquina. Após o curta mostrar detalhadamente o funcionamento do maquinário, observa-se um orifício com inúmeras cordas. A camera se afasta, tendo dessa forma uma visão exterior da máquina, que se revela uma caixa de madeira com uma bailarina acoplada, que dança de forma simples no ar.

O contraste apresentado entre o complexo maquinário que tem por fim uma simples bailarina, apresenta uma profunda reflexão a respeito da essência do homem. É o milagre da vida apresentado. É um grito de socorro para que o ser humano desperte para o sensível. Assim, os diretores escancaram a problemática do ser humano, que não consegue visualizar o mundo real, simples, belo e perfeito, pois está preso em seus mundos práticos, aparentes.

A linda melodia assinada por Daniel Potter, é mais um dos pontos altos do curta. Potter consegue um casamento perfeito entre cada movimento das máquinas com sua música. Essa harmonia é mais um louvor aos sentimentos, pois desperta no espectador a sensiblidade de compreender que todo o sistema das máquinas é a bailarina, assim como a bailarina é o sistema das máquinas. A música humaniza a ação da casa das máquinas, facilitando a tarefa do espectador de trazer para si a idéia do complexo e do simples que nos habita.

Com uma temática atemporal, musicalidade perfeita e uma bela direção, o curta “Casa das Máquinas” é indispensável para as mentes reflexivas e adoradoras da sétima arte. Além de tudo, é uma mostra da qualidade do cenário cinematográfico brasileiro, que não deve em nada para as outras escolas do mundo.


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Essa foi a resenha que escrevi para concorrer ao Juri Jovem do Festival de Curtas Internacional do Curta Cinema. Fui selecionado para o juri, mas me ofereceram em troca, uma vaga para a Oficina de Crítica de Curtas, onde eu farei críticas dos curtas do circuito, que serão postadas no blog do festival. Divertido não?
ps. Só postei isso, pois havia séculos que não escrevia no blog, graças a minha escola.
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Quanto vale a alma de Lula?

Diálogo retirado da revista HellBlazer # 03:
Demônio "Me pergunto, mortal, se é PRETENSÃO ou IDIOTICE que te traz aonde os anjos temem pisar."
John Constantine "Sabe, eu quero vender minha alma. Pensei em deixar de fora os intermediários e vir direto a CABEÇA DA PÚSTULA, por assim dizer."




Para muitos, o personagem principal da atual crise que atravessa o senado é o José Sarney. No entanto, esse episódio apenas evidencia do que é capaz nosso presidente da república para se manter no poder. Lula vendeu sua alma operária para aqueles ditos inimigos, perdendo o que possuía de mais valioso: sua dignidade.



Todos sabem muito bem que Dilma Roussef é uma candidata fraca, sem moral. Mas Lula é teimoso. Bancou sua pré-candidatura e agora corre atrás do prejuízo. Escutar nosso presidente defender José Sarney com argumentos estúpidos – chamá-lo de um homem diferente dos outros, por exemplo – é como uma faca sendo apunhalada nas costas de seus fiéis eleitores que depositaram na imagem do presidente do povo a salvação de uma nação.



Para seu azar, Lula não é um John Constantine. O personagem dos quadrinhos soube manipular os demônios a seu favor, diferente de Lula, que se coloca a disposição de nossos demônios, mas não assistirá a vitória de sua Dilma.
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O Cinismo da Reciclagem

Confesso que falta incentivo para fazer uma nova postagem. Assim, eu aproveitei essa resenha que fiz para um trabalho da escola. A resenha é sobre um artigo chamado "O Cinismo da Reciclagem", que vocês podem obter nesse endereço:





RESENHA:


O Artigo “O cinismo da reciclagem: O significado ideológico da reciclagem da lata de alumínio e suas implicações para a educação ambiental” foi escrito pelo biólogo e mestre em Ecologia Social, Philippe Layargues no ano de 2002. O artigo nos apresenta uma profunda reflexão sobre a verdadeira intenção da política de educação ambiental adotada, a partir da pedagogia dos três R’s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar), contrastando com o quadro político, social e econômico da sociedade atual.



A idéia dos três R’s serve de modelo para ações eficazes ao combate do excesso de lixo e consequentemente a preservação do meio ambiente. Esse nome é devido aos três lemas “reduzir”, “reutilizar” e “reciclar”, possuindo grande eficácia pedagógica. A ideologia é que podemos reduzir a síntese de lixo consumindo menos e melhor, podemos reutilizar diferentes produtos antes de descartar e podemos reciclar o lixo, retornando-o ao ciclo de produção.
O autor divide a ideologia dos três R’s em dois discursos ecológicos diferentes. Para ele, o mais representativo, utilizado e ensinado tanto nas escolas como em programas de conscientização é o discurso ecológico oficial. Nessa vertente, observa-se a defesa que o problema principal é o consumo insustentável, onde a sociedade atual desperdiça muito. Logo, a solução encontrada é a priorização da reciclagem. Isso acontece, pois o ciclo de produção continua ativo, sustentado nos produtos que foram reciclados.



O outro discurso é chamado de discurso ecológico alternativo. Nele, é visível uma dura crítica a cultura da sociedade capitalista, que consome desenfreadamente, colocando-a como problema principal a ser combatido. Esse consumo em larga escala é sustentado pelos interesses das grandes empresas, que visam o lucro. Os artifícios para manter o consumo são a venda de produtos com pouco tempo de vida útil, obrigando o consumidor a comprar o mesmo produto novamente, e a propaganda em massa de “inovações tecnológicas”, que tornam os produtos comprados constantemente ultrapassados, levando assim a necessidade de comprá-lo novamente. Logo, o discurso prioriza a redução e a reutilização, mas para isso seria necessária uma mudança comportamental da população, segundo o autor.



Layargues evidencia que o discurso ecológico alternativo não é adotado oficialmente, pois é totalmente subversivo e radical, tocando nos maiores interesses do sistema capitalista. Ele meche onde mais dói: O bolso. Por isso o discurso ecológico oficial é o mais presente em escolas e programas de conscientização. Ele apresenta um caráter comportamental e não reflexivo como o discurso alternativo, tornando a pedagogia dos três R’s em pedagogia de reciclagem. Ele aliena a população, proporcionando uma sensação de segurança ao desviar as criticas ao consumismo. Ao menos o autor concorda que ela pode ser vista como um pequeno avanço do pensamento ecológico.



É tomada como exemplo nesse artigo, a campanha de reciclagem de alumínio. A partir daí o autor tece uma harmoniosa teia desmitificando os argumentos clássicos de ordem econômica, social, política e cultural dessa pedagogia de reciclagem. O autor apresenta os diversos mecanismos e a hipocrisia do discurso “O espetacular índice brasileiro de reciclagem de alumínio, por volta de 73 %, está em primeiro lugar no mundo”.



Pelo argumento de valor ambiental, tem-se a diminuição de lixo em aterros, energia e matéria-prima (no caso a bauxita). Layargues coloca em pauta o inexpressivo valor que possui essa alta reciclagem do alumínio, que resulta na subtração de apenas 1% do lixo produzido no país e 0, 0179% de bauxita. Enquanto isso, outros minérios que possuem muito pouco tempo de vida e deveriam receber mais atenção, são deixados de lado.



Layargues ainda coloca em questão o Projeto Escola, onde seriam trocados latas de alumínio por equipamentos como computadores e bebedouros. Para ele, tem-se assim um agravamento de um problema social, pois tanto o projeto como a idéia da reciclagem ser uma função ecológica de casa cidadão, proporcionam uma maior desigualdade, levando os catadores a perderem o alumínio e o emprego.



A reciclagem do alumínio leva a uma grande redução de custos, com a subtração de energia utilizada, por exemplo, até o seu enorme preço de comercialização. Soma-se à atividade dos catadores e renumeração mínima – ou pela substituição desse núcleo por campanhas de incentivo a reciclagem – tem-se uma maximização do lucro as empresas. Logo, é por esse motivo que se tem a corrida pelo alumínio mais intensa do que outros materiais que deveriam receber real atenção.



Layargues coloca que a atual política de reciclagem não passa de um mecanismo de expansão capitalista e não possui um engajamento com os problemas ambientais. Isso acontece, pois a iniciativa é tomada por empresas interessadas no lucro. A questão deve ser tratada por medidas técnicas e políticas públicas, para impedir que essa exploração do trabalho pelo capital continue, e os R’s a se priorizar são o reduzir e reutilizar. O autor mantém a crítica ao sistema de ensino, que desvirtua a formação de cidadãos reflexivos, servindo como meio de dominação, fortalecendo a ciranda da sociedade consumista, logo o mecanismo deveria voltar ao seu eixo.



O artigo apresenta boas argumentações e o autor se mantém firme em suas criticas. A idéia de que a redução e a reutilização são mais importantes é válida. No entanto para que isso ocorra é muito mais complicado do que a solução simplista proposta por Layargues, onde se tem maior participação de políticas públicas e técnicas. Como o próprio autor fala, o problema remete a uma questão cultural da sociedade. Por isso, é utópico dizer que basta o governo tomar frente à questão no lugar das empresas, pois o próprio governo possui interesses com a vitória das empresas. Ir contra os interesses das empresas é cortar uma relação de mutualismo, onde as mesmas retirariam seu capital, prejudicando assim a ideologia desenvolvimentista das grandes nações, como o Brasil.



Logo, para essa questão ser resolvida é necessário muito mais do que políticas públicas, mas sim uma completa revolução de todas as esferas da sociedade. Não necessariamente uma migração para uma postura socialista ou anarquista, mas sim uma postura consciente e diferente da atual. A educação é o realmente a via onde se tem essa revolução de forma doce e sutil, porém é necessário muito trabalho e mudança de costumes, pois uma reeducação da nação requer no mínimo 20 anos¹.




¹. Informação baseada nas entrevistas do Senador Cristovam Buarque durante a corrida presidencial de 2006.
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Resposta ao (realmente) "Idiota Diário"

Bom, uma pobre criatura tentou provar que o Michael Jackson foi gênio, contrariando a minha postagem sobre o mesmo. Vocês podem ver no endereço abaixo, onde ele diz claramente que foi uma resposta para o meu post.

Então vamos lá. Vou lhe mostrar quem realmente foi gênio!



ELVIS PRESLEY
O verdadeiro "Rei do Pop". Para se ter idéia, a imagem de Presley está viva até hoje. Sendo que o mesmo fez sucesso com suas músicas na década de 50 (!). Mas isso não é muito relevante, perto do que irei dizer. Vamos analisar primeiro o famoso aforismo popularizado por Chacrinha:
" Nada se cria, tudo se copia."
Sim, nosso inesquecível apresentador estava certo. No entanto, essa frase apenas se aplica a pessoas normais. O que diferencia um gênio de um normal é que o gênio cria!
Vocês devem estar pensando "o que esse cara quer provar com isso?". Irei mostrar a vocês que o Elvis criou um estilo. Logo, ele é gênio.
Elvis simplesmente criou o conceito de "oportunismo musical". Sim, o poder de marketing musical não seria o mesmo sem Elvis Presley. Ele era bonito, branco ( Não estou sendo preconceituoso, basta analisar a época. O racismo era forte nos EUA. As boas músicas de rock eram feitas por negros como Chuck Berry, no entanto Elvis surgiu como alternativa. Simplesmente um oportunismo genial! ), dançava com um balanço surpreendente, fazia filmes, seu penteado é uma marca... Enfim, Michael Jackson nunca conseguiria fazer sucesso, a partir do momento que seu sucesso foi a base de um conceito de marketing ou "oportunismo musical" criado por Elvis Presley!
Isso é claro, apenas o básico sobre o verdadeiro "maior artista de todos os tempos".
Eu pretendia falar sobre os Beatles também. Mas acredito que o exemplo maior ( leia-se Elvis Presley) serviu para você aprender a diferenciar um gênio de um cantor muito bom.
Abraços!
"...Love me tender, love me true,
All my dreams fulfill.
For my darlin' I love you,
And I always will..."
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Manhattan Connection


Os famosos formatos de mesa-redonda são consagrados, principalmente no meio esportivo. No entanto, este programa que encontra-se no ar há quase 16 anos - o que lhe coroa como o "programa mais antigo da tv por assinatura brasileira" - , tem seu charme especial. Manhattan Connection busca debater assuntos como política, economia e diversos no Brasil, EUA e no mundo.

Liderado pelo repórter Lucas Mendes desde a estréia, a formação original contava ainda com Nelson Motta, Paulo Francis, Caio Blinder e Lúcia Guimarães. Francis e Blinder protagonizavam dicussões históricas durante o programa.

Formação original do Manhattan Connection, com Paulo Francis, Nelson Motta, Lucas Mendes e Caio Blinder, respectivamente.

Com a Morte de Francis em 1997, seu lugar foi ocupado por convidados até ficar definitivamente com o jornalista e cineasta - é importante avisar que está gravando mais um filme esse ano, após duas décadas parado - Arnaldo Jabor. Assim como seu antecessor, Jabor sempre acabava discutindo acalorosamente com Blinder.
Nelson Motta abandonou o barco em 2001. Após várias participações especiais, o economista Ricardo Amorim tornou-se fixo no programa. Arnaldo Jabor saiu em 2003, com Diogo Mainardi tomando sua cadeira.
O programa não conseguiu manter o nível após perder vários apresentadores. É fato que Paulo Francis faz muito falta. No entanto, ainda podemos observar bons debates. Ricardo Amorim apresenta argumentos lúcidos, enquanto Maindardi e Blinder constumam se contradizer, por defenderem cegamente suas ideologias. Infelizmente, Lucas Mendes parece sonolento e desanimado, mas ainda consegue organizar os debates.
Ainda temos os quadros do modelo Pedro Andrade, que apresenta a cidade de Nova Iorque para os espectadores.
Manhattan Connection é indispensável para as noites de domingo. Fica a dica para todos!
Canal: GNT (canal por assinatura)
Horários: domingos às 23h00min, com reprises às segundas-feiras às 04h30min, 10h00min, 14h00min e 22h30min.
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Vida e Morte Michael Jackson


Michael Jackson conseguiu em seus últimos segundos de vida retormar seu lugar nos jornais. É indiscutivel que esse fenômeno pop conseguiu parar o mundo de maneira espantosa. Mas o que nos leva coroá-lo como o "Rei do Pop" ou títulos ainda mais absurdos como "o maior cantor de todos os tempos", após seu óbito?
Os fatos que sucederam a morte do cantor não são surpreendentes. Essa nova febre - que chutou a do porco para escanteio - é passageira. A nova geração não perdeu tempo e baixou as mp3 do cantor. De certa forma, é uma boa oportunidade para essas crianças conhecerem o outro lado de Michael, além de sua imagem banalizada como "monstro pedófilo".
Mas até que ponto essa história de "Rei do Pop" é verdade?
No programa Manhattan Connection deste domingo (28/06), o convidado Arthur Dapieve, colunista do O Globo, colocou em questão a mania que temos de "endeusar" os mortos. "Temos que parar com a benevolência" dizia Dapieve. Em meio as manifestações de amor ao cantor, um pouco de racionalidade fez muito bem.
Então vamos desmistificar o cantor Michael Jackson. Primeiro vamos nos seus trunfos.
I - Videoclipes: O que seria Michael Jackson sem seus videoclipes? O crédito para o cantor fica por conta de saber aproveitar a nova era. A carreira solo de Michael foi impulsionada pela MTV, pois estava começando a atrair multidões. Foi um momento oportuno. A tendência estava lançada, e Michael Jackson foi apenas mais um que soube utilizar - muito bem, admito - a ferramenta para vender. No entando, nem o conceito de videoclipes ele criou. Eles remetem a Elvis Presley e Gene Kelly, mas foram os Beatles que gravavam e divulgavam seus shows no formato. A fama de Michael Jackson ligada aos videoclipes é por seu oportunismo marketeiro. Mas ele os soube fazer... e bem!
II - Dança: Sim! Michael Jackson foi um dos maiores dançarinos. Suas coreografias eram fantásticas, mas não inovadoras. Ele também não foi o primeiro cantor negro que dançava. Lembram de James Brown? Pois é. Além disso, o seu famoso moonwalk... quer dizer, o famoso moonwalk do dançarino Bill Bailey que Jackson popularizou. Isso mesmo! Jackson não criou o moonwalk como muito pensam.
É importante ressaltar que Jackson foi um grande artista. Um dos maiores de fato. No entanto, suas músicas não eram geniais e ele apenas teve como alicerce de sua carreira, fórmulas já consagradas. Jackson foi produto de um trabalho muito bem feito por Quincy Jones.
Por essas e outras, Jackson não pode ser considerado o maior cantor de todos os tempos. Nomes como Elvis Presley e Beatles estão anos luz em sua frente.
Por fim, descanse em paz! E faço o mesmo apelo de Dapieve: "Deixem de lado a Benevolência!"
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Poema para Michael por Tom Zé

Encontrei na comunidade do orkut "Tom Zé", uma postagem com um suposto poema em homenagem ao Michael Jackson escrito pelo genial cantor e compositor baiano. Como estarei de volta com as postagens agora que estou de férias, não poderia começar com outro tema. Farei em breve um comentário sobre esse fenômeno que parou o mundo: A vida e morte de Michael Jackson.
AMADO MICHAEL
(Tom Zé)
Negro da luz que desbota branco
Tanto talento tormento tanto
Tanta afronta de pouca monta.
Eia! virtudes em farta ceia
Todo encanto que pode o canto
Toda fiança que adoça a dança.
Que deus nos furta vida tão curta?
Mundo lamenta: ele mal cinquenta!
A ninguém ilude essa bruxa rude.
Paroxismo desse Narciso
Que achou desgosto no próprio rosto
E apedrejou-se com faca e foice.
Avança a rua (uma dor que dança)
E em seus telhados mandibulados
Requebra os hinos do dançarino.
Niños, rapazes, se sentem azes
Herdeiros todos e seus parceiros
Revelam parque, porto e favela.
II
Da Grécia três te trouxeram
Graças Arcas repletas de belas artes
Arcas que deram ciúme às Parcas.
Que luz trarias tu, mitologia,
Para um tal desatino de destino
Que o espandongado toma por fado?
Porque o povo grego disse que
Se a hybris o herói consigo quis,
Se condiz ao lado dela ser feliz
Ele mesmo será pão e maldição
Enquanto gera para os olhos de Megera.
[...]

Israel x Palestina part II

Dezembro de 2008. Quem não estava feliz com a chegada do Réveillon? A resposta está no Oriente. Foi no final desse mês que Israel começou o bombardeio na Faixa de Gaza. Desde então se passaram 15 dias dessa ofensiva militar, que além de ataques aéreos, possui agora investidas por terra.
O resultado desse massacre é um grande número de civis palestinos mortos, podendo passar de 1000. O grupo do Hamas revidou certas vezes com mísseis, e procura utilizar a mesma tática de Hezbollah (grupo do Líbano dito como terrorista por Estados Unidos e Israel, que expulsou o mesmo do sul do Líbano em 2000), para evitar avanços do exército israelita por terra. A ONU condena os ataques.
Protestos na Europa, Brasil, dentre outros, condenam os ataques. O governo brasileiro qualificou a ofensiva de Israel como uma “prática nazista”. Enquanto isso, os Estados Unidos ainda defendem os ataques, alegando que é uma questão de luta ao terrorismo e que o Hamas deve parar de atacar (isso inclui tanto o governo Bush quanto o próximo governo Obama). Existe uma séria crise no Oriente e no mundo todo.
O movimento sionista parece ter perdido o rumo. Hoje, mesmo possuindo um Estado reconhecido e bem desenvolvido, com alto IDH, por exemplo, os ataques continuam. Antes se queria um estado judeu, hoje parece se querer o fim de qualquer rastro islâmico. Grupos ditos como terroristas como o Hamas e Hezbollah, são apenas fruto de ocupações de Israel e de toda essa guerra que cruza décadas.
Infelizmente o quadro é difícil de mudar, pois as crianças palestinas crescerão com um sentimento de raiva, tornando-se assim um circulo vicioso de mísseis. O que está acontecendo em Gaza é um crime contra a humanidade e todos os seus direitos.
Os grandes centros de poder precisam tomar uma atitude drástica para resolver a situação, principalmente os Estados Unidos, que mostram nesse momento toda a sua política externa suja e hipócrita.
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Israel x Palestina part I

Iniciamos o ano de 2009 com o primeiro capitulo manchado de sangue. A ofensiva de Israel na Faixa de Gaza é apenas mais um triste episódio de uma novela que dura décadas.
Certamente, tudo começou com um movimento, chamado de Sionismo. O Sionismo pregava a criação de um estado para Israel, tendo em vista a diáspora judaica. Devido a conceitos religiosos, a região escolhida para estabelecer o estado judeu, foi a Palestina. Mesmo que o movimento tivesse apoio das maiores potencias do mundo, como a Inglaterra, a Palestina possuía um estado unificado culturalmente, tendo como o islamismo religião oficial, o que dificultava um processo de criação do Estado judeu, pois seria necessário implantar toda a cultura judaica.
Foi com a Declaração de Balfour, que o povo judeu começou a migrar para a região da Palestina, isso porque a área controlada pelo império otomano havia sido perdida no fim da I Guerra Mundial, sendo agora controlada pelos britânicos, que eram simpáticos ao movimento sionista. Durante esse tempo, a tensão entre árabes e judeus foi crescendo cada vez mais. Com o fim do controle britânico em 1947, a ONU iniciou um projeto de partilha da Palestina, criando dois Estados. O projeto foi aprovado por judeus, que receberiam por volta de 60% da região, no entanto a Palestina não aceitou, dando inicio aos conflitos.
Após o estado de Israel declarar independência em 1948, iniciou-se uma série de guerras. Umas delas, a Guerra dos Seis Dias, marcou a ocupação militar de Israel na área da Cisjordânia, em 1967. Por conseqüência desse processo de ocupação, o grupo Hamas surgiu em 1987, em Gaza. O Hamas, dito como terrorista pela União Européia, Estados Unidos e Japão, defende a luta contra Israel pela libertação da área ocupada e a criação de um estado da Palestina.
Em meio as ofensivas militares, esse grupo foi crescendo politicamente nas regiões de Gaza e da Cisjordânia, até vencer as eleições para o parlamento palestino em 2006. Nesse mesmo ano, o grupo do Hamas ofereceu um cessar-fogo duradouro, em troca da desocupação militar de Israel na Cisjordânia. Esse acordo foi recusado por Israel.

Nos próximos dias, falarei sobre os ataques de Israel a Faixa de Gaza nesse inicio de ano.
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Chomsky e a política externa dos EUA.

Intelectual norte-americano que é antiamericano? Não.
Chomsky vai muito além desse estereótipo equivocado. Conhecido pelos seus trabalhos em liguistica, Noam Chomsky adotou uma posição política de extrema esquerda, criticando duramente a política externa dos EUA.
Desde a Guerra do Vietnã, Chomsky é conhecido pelo seu ativismo e foi nessa época que escreveu seu livro “American Power and the New Mandarins (O Poder Americano e os Novos Mandarins)”.
Sua ideologia é conhecida pela exigência de liberdade economica, onde a arena pública não é suprimida pelo poder privado. Chomsky diz que os grandes meios informativos são empresas privadas, que oferecem uma falsa sensação de democracia, no entando a real democracia só poderá acontecer quando essa diferença de classes e de poder não existir.
O sistema ideial para Chomsky seria um anarquismo pacifico, onde não existiria um poder centralizado em instituições do Estado ou do Governo. Chomsky é talvez o mais importante intelectual vivo, sendo sua obra indispensável.
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Entrevista com Noam Chomsky


Encontrei pelas minhas pesquisas sobre as teorias de Noam Chomsky, sua entrevista para o programa "Roda Viva". Aqui está o sítio para quem quiser ler a entrevista:





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Em breve falarei sobre Chomsky e sua filosofia.
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