10 estratégias de manipulação por Noam Chomsky.

1. A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes.A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética.“Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais” (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”.)

2. CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Se cria um problema, uma “situação” prevista para causar uma certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3. A ESTRATÉGIA DA DEGRADAÇÃO
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, é suficiente aplicar progressivamente, em “degradado”, sobre uma duração de 10 anos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas tem sido impostas durante os anos de 1980 a 1990. Desemprego em massa, precariedade, flexibilidade, reassentamentos, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haviam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de forma brusca.

4. A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO
Uma outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública no momento para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, por que o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, por que o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Em fim, isto dá mais tempo ao público pata acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

Um exemplo recente: a passagem para o Euro e a perca da soberania monetária e econômica tem sido aceitos pelos países Europeus em 1994-1995 para uma aplicação em 2001. Outro exemplo: os acordos multilaterais da ALCA (o FTAA) que os Estados Unidos tem imposto desde 2001 aos países de todo o continente americano (Central e Sul da América) apesar de suas reticências, concedendo uma aplicação e vigência diferida para 2005.

5. DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza um discurso, argumentos, personagens e uma entonação particularmente infantil, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante.
Por que?“Se se dirige a uma pessoa como se tivesse a idade de 12 anos então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, uma resposta ou reação também desprovida de um sentido critico como a de uma pessoa de 12 anos de idade”. (ver “armas silenciosas para guerras tranqüilas”)

6. UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7. MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE
Fazer como que se o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão.
“A qualidade da educação dada as classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre o possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores” (ver “armas silenciosas para guerras tranqüilas”)

8. PROMOVERAO PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDICOCRIDADE
Promover ao público a achar “cool” pelo fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9. REFORÇAR A REVOLTA PELA CULPABILIDADE
Fazer o individuo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo auto-desvalida-se e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E sem ação, não há revolução!…

10. CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência tem gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças a biologia, a neurobiologia e a psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o individuo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
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Ave, Cesar...

16 anos (contando com o mandato de Paulo Conde) no poder, não é de se fazer feio a nenhum imperador romano. Conhecido por certas excentricidades, César Maia foi do céu ao inferno em sua era, gozando de prestigio da população até seu fim melancólico. Seu mandato foi de um prefeito ativo, zelando pela ordem urbana de forma extraordinária. Foi também em seu primeiro mandato que começou o projeto de construção da Linha Amarela, sua obra mais cara, principal via que liga a Zona Norte com a Zona Oeste.
César era visto nas ruas, conversando com a população e lutando para colocar ordem na casa. Era o perfeito populista. Ainda no final da primeira parte de sua era, mostrou todo seu poder administrativa, com um superávit de 1 bilhão, em meio a crise que o país se encontrava, antes do plano real. Em seus seguintes anos, César continuou com suas obras mirabolantes, incluindo um museu parcialmente submerso na baía de Guanabara, chamado de projeto Guggenheim. Felizmente esse projeto não vingou, pois seria muito mais prático reestruturar os museus já existentes.
Com o passar do tempo, César foi deixando de lado seu lado populista, sendo conhecido como o prefeito blogueiro. Sua imagem de ativo perante a sociedade foi apagando, deixando a imagem desse prefeito virtual. Durante esse período ocorreram as obras do Pan-americano, que inicialmente era um projeto modesto, mas que em vista da possibilidade do Rio de Janeiro ser um forte candidato para as Olimpíadas de 2016, necessitou de um investimento muito superior ao inicialmente planejado. Essa foi a característica desse segmento do governo César Maia: O esporte.
Em seu mandato ainda nos deparamos com problemas na área da saúde, como as epidemias de dengue por exemplo. No fim, ainda com seu sonho pessoal de criar o “Taj Mahal” carioca, que inicialmente foi por água a baixo com o projeto Guggenheim, César iniciou a construção da Cidade da Música, grande projeto cultural que extrapolou verbas, atingindo cifras de 500 milhões e certamente vai sempre fechar no vermelho, causando rombos nos cofres da prefeitura.
César Maia foi simplesmente o prefeito que mostrou dois lados da moeda. É com total autoridade que César poderia escrever um livro intitulado “Como ser um prefeito ótimo e um prefeito ruim.” Essa descredibilidade pode ser traduzida nos resultados das eleições desse ano. Eduardo Paes, inicialmente cria política de César que virou algoz do mesmo, venceu as eleições, enquanto há 12 anos, um candidato com a marca César só foi eleito pelo prestigio do prefeito.
Porém a era César Maia não promete terminar aqui, sua história ainda tem muito pela frente, e ele promete: 2012 ele está de volta.
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Entenda a Crise Financeira.

A crise mundial é o bicho papão da nova era. Os economistas, os bancários, as nações, tem medo do que se esconde atrás do armário.
Tudo começou lá na terra do tio Sam, com a valorização do mercado imobiliário. As empresas imobiliárias viram nesse leque de opções, que é o mercado consumidor, uma nova área a ser explorada. Como os juros estavam baixos, o bloco denominado subprime, dos consumidores de baixa renda, ganharam a confiança das empresas, que lhes dava crédito.
Porque isso acontecia, já que o risco de calote era alto? Exatamente por isso, pois sendo o risco de endividamento muito maior, o lucro com o dinheiro emprestado seria maior. É a famosa bola de neve.
Essa possibilidade de lucro resultou num ciclo, onde os bancários compravam esses títulos subprime, que era comprado por outros investidores, e assim por diante. O problema era que se o consumidor subprime já não conseguia pagar nem a primeira parcela, o titulo ficou preso no banco, pois o lucro esperado agora entrara em risco.
Em 2006, com os juros em alta, os créditos estavam altos, afastando os consumidores e aumentando o número de ofertas. Assim, com o medo de novos calotes, os créditos foram cortados de vez, inibindo assim o poder de compra do consumidor. Assim com menos dinheiro, as pessoas compram menos, as empresas lucram menos e a oferta de empregos começa a cair. Tudo como uma fileira de dominó.
Resultado de toda essa salada: Os bancos começaram a quebrar. Por isso o governo dos Estados Unidos retirou do caixa mais de 700 bilhões, para ajudar esses bancos. O governo compra os títulos subprime de alto risco, ou seja, aqueles com maior risco de calote, aliviando o caixa dos bancos. Essa desaceleração do consumo nos Estados Unidos acaba afetando as outras partes do mundo, pois existe uma inter-relação entre suas economias.
É difícil prever quando vai acabar essa crise ou como ficará o cenário da economia mundial. Uma coisa é certa: Os bancos de maior porte se manterão vivos, e crescerão cada vez mais, assim que os bancos menores quebrarão. Isso é ruim para o consumidor, que estarão a mercê de uma única e poderosa força controladora.
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Eles lá, nós aqui.

Eleições americanas encerradas. O candidato democrata (inclua pop no currículo) venceu. Obama representa um episodio importante na historia americana, pois além de ser negro, ainda é filho de muçulmano. Essa vitoria contra o preconceito é reflexo da má gestão do atual presidente republicano, George Bush. Uma nação que sofreu com o pesadelo da guerra, do terrorismo, crise imobiliária (que causou a financeira), precisava de mudanças e só poderia ser feito dessa maneira: elegendo o novo.

“O novo sempre assusta”. Esse aforismo que me foi apresentado por uma professora de português, justifica a dificuldade que o povo norte-americano passou. Se Obama resolverá os problemas, isso é outra história.

Enquanto aqui no Brasil? Oras, será que não precisamos de renovação? Eu lhes digo, já tentamos isso. Elegemos, por duas vezes consecutivas, um presidente que era o símbolo da luta operaria que era do povo. Será que muita coisa mudou? Creio que não.

Esse é o problema do Brasil. Lula era o símbolo da renovação, e nos deixou pra trás. E pelas especulações dos estudiosos políticos, o próximo presidente não deverá ser de esquerda. Ora, se a direita não era no nosso lado, elegemos a esquerda, que acreditávamos ser, mas mostrou que era mais do mesmo.

Enquanto nossos vizinhos do norte procuram a sua renovação, a nossa já passou. Infelizmente o povo se encontra perdido, sem saber quem eleger. Estamos num circulo vicioso, e a nossa única solução é a renovação da renovação.
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Mês de Outubro Quente

Faz tempo que não posto nada nesse blog. Devido aos últimos acontecimentos, minha chama reacendeu e agora estou de volta. Primeiro as eleições para prefeito do Rio de Janeiro tem conquistado minha atenção. O primeiro turno se foi, e com a ajuda da rede Globo (o que me preocupa), Gabeira foi ao segundo turno, tirando a vaga que seria teoricamente do candidato da rede Record, vulgo Marcelo Crivella. Ignorando todas as questões religiosas, entre Crivella e Gabeira, é indiscutível que o candidato verde tem muito mais moral e poder político do que o Crivella. Agora o segundo turno chegou, e dois candidatos bastante interessantes irão disputar o cargo: Fernando Gabeira e Eduardo Paes.

Primeiro falarei sobre Eduardo Paes. É um candidato jovem, cuidava de Jacarepaguá no inicio da carreira, depois trabalhou no governo Cesar Maia como secretario de meio ambiente. No inicio dessas eleições recebeu o apoio do governador Sergio Cabral, que mudou de idéia durante as eleições, apoiando o candidato do PT Molon, porém mudando de idéia e voltando a apoiar Paes. O candidato do PMDB já passou por inúmeros partidos, entre eles o partido de seu adversário, o PV. Além disso, Eduardo tem o apoio do presidente Lula, graças a boa relação com Sergio Cabral. O único detalhe é que Eduardo acusou Lula de chefe de quadrilha, mentiroso e ladrão, durante uma CPI (não recordo qual é a CPI no momento). Nas suas propostas, Eduardo deixa claro sua preferência pela saúde, defendendo a construção de 40 UPAs. Além disso, defende também a implantação do bilhete único e é contra a aprovação automática e a construção do aterro sanitário de Paciência.

Fernando Gabeira é um candidato experiente, já concorreu à presidência e fez parte da luta armada durante a ditadura. Nesse período, fez parte do MR8 – Movimento Revolucionário 8 de Outubro - , onde seqüestrou um embaixador dos EUA aqui no Brasil, para utilizar como troca por presos políticos. Ainda na ditadura, foi exilado, voltando ao Brasil somente depois da anistia. No Brasil, foi um dos fundadores do PV, junto com Carlos Minc, atual ministro do meio ambiente, e outros políticos. Durante sua carreira política, concorreu tanto pelo PT como pelo PV. O partido de Gabeira é essencialmente de esquerda, como o PV da Alemanha, porém isso não acontece aqui. Nessas eleições, o PV fez aliança com os Tucanos, que basicamente tem um histórico de governar para a elite. As propostas de Gabeira não são tão claras, e não tem um carro chefe como Eduardo Paes e seus UPAs, mas também é contra a construção do aterro sanitário de Paciência, aprovação automática, a favor da implantação do bilhete único.

Com tanta proposta em comum, o que diferencia os dois candidatos, além de suas carreiras políticas? Eduardo Paes goza do apoio do governo do estado e do governo federal, e faz questão de deixar claro que esse apoio é fundamental para o Rio de Janeiro. Gabeira tem uma extrema vantagem cultural, intelectual, e defende a iniciativa privada (sinais tucanos em Gabeira). Durante os debates, Eduardo Paes ataca Gabeira por receber o apoio de Cesar Maia, porém Gabeira relembra o adversário que foi o próprio Cesar Maia que o iniciou na carreira política. Eduardo Paes declara que conhece o Rio de Janeiro, porém foi criado no Jardim Botânico, na zona sul do Rio, enquanto Gabeira já foi professor em Campo Grande. Paes adotou nesse segundo turno, uma campanha suja, que teima em procurar destruir a imagem de Gabeira. O candidato verde defende sua política limpa, onde não se encontram panfletos ou cartazes do candidato. Em relação à cidade da música, os dois defendem a bandeira de serem contra a construção, porém Eduardo apoiava o projeto no inicio. Na educação, além do banimento da aprovação automática que já foi citada, Gabeira diz que vai aumentar os tempos de aula e investir nos professores e estabelecer um estatuto para os alunos, enquanto Paes não tem uma posição muito clara em relação a isso.

Enfim, todos os dois candidatos têm muitos pontos negativos. É muita pretensão achar que um candidato possa resolver todos os problemas, mas que consiga plantar uma semente, um costume na população, como manter as ruas limpas, investir na educação, é mais do que suficiente. Enfim, vote consciente!

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Internacionalização do Mundo

Encontrei por esses dias, na internet, uma entrevista com o Senador Cristovam Buarque. Questionado por um aluno norte-americano (detalhe) sobre a internacionalização da Amazônia, Cristovam respondeu com muita educação e inteligência. Aliás, esta entrevista é antiga, realizada antes de sua candidatura a presidência. Aqui está a responda do Senador:

De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da Humanidade.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o pais onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.

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E de pensar que ele não ganhou as eleições e nem conseguiu plantar a semente da educação, é uma tristeza...

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Analisando “Os Cantores de Bremen”...

Os Cantores de Bremen poderia ser definido como um conto infantil dos irmãos Grimm, assim como a Branca de Neve. Então o que há de mais nessa história? Analisemos os fatos.

Bremen é uma das cidades que faziam parte da Liga Hanseática. A liga Hanseática nada mais era que um conjunto de cidades mercantis, que monopolizavam a costa européia. Logo, observa-se o começo do túmulo do feudalismo nessas regiões.

Os animais, durante toda sua jornada, exprimem o amor à liberdade.

O conto, nada mais é do que uma mensagem de liberdade, uma ratificação de todos os ideais da revolução francesa, mais uma mão amiga aos estudantes franceses do glorioso verão de 68.

Não é à toa que Chico Buarque, em tempos de ditadura militar, junto à Sergio Bardotti e Luis Bacalov, realizou o musical “infantil“ Os Saltimbancos, inspirado na história dos irmãos Grimm.

(...) Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barcoNão há nada pra temer (...)

Trecho da música “Todos Juntos” do musical Os Saltimbancos, com uma forte referência a lealdade e fraternidade, como uma chamada a todo o povo brasileiro para se unir contra a ditadura.

(...) A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá (...)
(...) A gente vai contra a corrente até não poder resistir (...)
(...) Faz tempo que a gente cultiva a mais linda roseira que há, mas eis que chega roda viva e carrega a roseira pra lá! (...)

Trecho da música “Roda Viva” de Chico Buarque, confirmando claramente sua vertente político-ideológica, contrária a ditadura.
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Os Cantores de Bremen.


"Um homem tinha um burro que, há muito tempo, carregava sacos de milho para o moinho. O burro, porém, já estava ficando velho e não podia mais trabalhar. Por isso, o dono tencionava vendê-lo. O pobre animal, sabendo disso, ficou muito preocupado, pois não podia imaginar como seria seu novo dono... e então, para evitar qualquer surpresa desagradável, pôs-se a caminho da cidade de Bremen.

"Certamente, poderei ser músico na cidade", pensava ele.
Depois de andar um pouco, encontrou um cão deitado na estrada, arfando de cansaço.
- Por que estás assim tão fatigado? perguntou o burro.
- Amigo, já estou ficando velho e, a cada dia, vou ficando mais fraco. Não posso mais caçar; por isso meu dono queria me entregar à carrocinha. Então, fugi, mas não sei como ganhar a vida.
- Pois bem, lhe disse o burro. Minha história é bem semelhante à sua. Vou tentar a vida como músico em Bremen. Venha comigo. Eu tocarei flauta e você poderá tocar tambor.

O cão aceitou o convite e seguiu com o burro. Não tinham andado muito, quando encontraram um gato, muito triste, sentado no meio do caminho.
- Que tristeza é essa, companheiro? lhe perguntaram os dois
- Como posso estar alegre, se minha vida está em perigo? respondeu o gato. Estou ficando velho e prefiro estar sentado junto ao fogo, em vez de caçar ratos. Por esse motivo, minha dona quer me afogar.
- Ora, venha conosco a Bremen, propuseram os outros. Seremos músicos e ganharemos muito dinheiro.

O gato, depois de pensar um pouco, aderiu e acompanhou-os. Foram andando até que encontraram um galo, cantando tristemente, trepado numa cerca.
- Que foi que lhe aconteceu, amigo? perguntaram os três.
- Imaginem, respondeu o galo, que amanhã a dona da casa vai ter visitas para o jantar. Então, sem dó nem piedade, ordenou ao cozinheiro que me matasse para fazer uma canja.
Os outros, então, lhe propuseram:
- Nós vamos a Bremen, onde nos tornaremos músicos. Você tem boa voz. Que tal se nos reunissemos para formar um conjunto?
O galo gostou da idéia e juntando-se aos outros seguiram caminho.

A cidade de Bremen ficava muito distante e eles tiveram que parar numa floresta para passar a noite. O burro e o cão deitaram-se em baixo de uma árvore grande. O gato e o galo alojaram-se nos galhos da árvore.
O galo, que se tinha colocado bem no alto, olhando ao redor, avistou uma luzinha ao longe, sinal de que deveria haver alguma casa por ali. Disse isso aos companheiros e todos acharam melhor andar até lá, pois o abrigo ali não estava muito confortável.

Começaram a andar e, cada vez mais, a luz se aproximava. Afinal, chegaram à casa. O burro, como era o maior, foi até a janela e espiou por uma fresta. À volta de uma mesa, viu quatro ladrões que comiam e bebiam. Transmitiu aos amigos o que tinha visto e ficaram todos imaginando um plano para afastar dali os homens. Por fim, resolveram aproximar-se da janela. O burro colocou-se de maneira a alcançar a borda da janela com uma das patas. O cão subiu nas costas do burro. O gato trepou nas costas do cão e o galo voou até ficar em cima do gato.

Depois, a um sinal combinado, começaram a fazer sua música juntos: o burro zurrava, o cão latia, o gato miava e o galo cacarejava. A seguir, quebrando os vidros da janela, entraram pela casa a dentro, fazendo uma barulhada medonha.

Os ladrões, pensando que algum fantasma havia surgido ali, saíram correndo para a floresta. Os quatro animais sentaram-se à mesa, serviram-se de tudo e procuraram um lugar para dormir. O burro deitou-se num monte de palha, no quintal; o cão, junto da porta, como a vigiar a casa; o gato, junto ao fogão, e o galo encarapitou-se numa viga do telhado. Como estavam muito cansados, logo adormeceram.

Um pouco além da meia noite, os ladrões, verificando que a luz não brilhava mais dentro da casa, resolveram voltar. O chefe do bando disse aos demais:
- Não devemos ter medo!
E mandou que um entrasse primeiro para examinar a casa. Chegando à casa, o homem dirigiu-se à cozinha para acender um vela. Tomando os olhos do gato, que brilhavam no escuro, por brasas, tentou neles acender um fósforo. O gato, entretanto, não gostou da brincadeira e avançou para ele, cuspindo-o e arranhando-o. Ele tomou um grande susto e correu para a porta dos fundos, mas o cão, que lá estava deitado, mordeu-lhe a perna. O ladrão saiu correndo para o quintal, mas, ao passar pelo burro, levou um coice. O galo, que acordara com o barulho, cantou bem alto: - Có, có, ró, có!!!!

Sempre a correr, o ladrão foi se reunir aos outros, a quem contou:
- Lá dentro há uma horrível bruxa que me arranhou com suas unhas afiadas e me cuspiu no rosto. Perto da porta, há um homem mau que me passou um canivete na perna. No quintal, há um monstro escuro, que me bateu com um pedaço de pau. Além disso tudo, no telhado está sentado um juiz, que gritou bem alto:
"- Traga aqui o patife!!!"... Acho que não devemos voltar lá... é muito perigoso!!

Depois disso, nunca mais os ladrões voltaram à casa, e os quatro músicos de Bremen sentiam-se muito bem lá, onde faziam suas músicas e viviam despreocupados. De vez em quando alguém das redondezas os chamavam e lá iam eles, felizes e contentes, tocar a sua música...."
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Presente da nossa geração para gerações futuras...

Enquanto gerações passadas tiveram como preocupação a liberdade, as guerras, a AIDS, hoje se tem uma nova preocupação. A diferença é que a preocupação de hoje tem um quê maior de nobreza. Não só o futuro da Terra, mas o nosso está em jogo.

Verdade que a temperatura da Terra aumentou normalmente durantes os séculos, porém é indiscutível que a ação humana, mais precisamente a partir da revolução industrial, acelerou esse aquecimento. Pior é que mesmo com tudo isso ainda se observa indústrias poluindo cada vez mais. O que acontece?Será que não é possível conciliar uma política ambientalista de qualidade (coisa que falta ao governo brasileiro, mesmo com Carlos Minc no ministério) com o desenvolvimento?

Mesmo que o aquecimento global não proporcione uma catástrofe como a idealizada no documentário de Al Gore, é necessário uma conscientização de todos os governos. Muitas pessoas têm uma idéia errada do aquecimento global, que está mais para mudança climática global do que aquecimento.

Mas a preocupação mundial não é à toa. Cientistas acreditam que 40% das árvores da Amazônia, da NOSSA Amazônia, desapareçam se o aumento da temperatura passar de 2°C para 3°C. E ainda OUTROS a desmatam diariamente, com nosso governo fingindo que reprime enquanto os mesmos OUTROS fingem que estão preocupados, dizendo que o “brasileiro” não tem capacidade de cuidar da Amazônia, levantando a bandeira da internacionalização.

É uma série de absurdos, onde quem vai sair perdendo não vai ser a nossa geração, e sim gerações futuras.

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O Conto do Ornitorrinco.


Este texto é de minha autoria, feito para um trabalho da escola. Apresenta uma mensagem de reflexão, para um problema que todos no mundo encontram: A dúvida de quem são e qual é a sua missão na Terra.

Um jovem executivo de uma bem sucedida empresa possuía tudo que qualquer pessoa poderia querer. Carro, sucesso, dinheiro, mas esse empresário tinha um objetivo. Descobrir quem ele realmente era. Parecia não estar satisfeito com a idéia de ser um empresário. “Apenas um empresário?”, ele pensava. Viajou pelos quatro cantos do mundo, visitando desde gurus até cardeais, mas nunca conseguiu encontrar sua resposta. Parecia desistir, até avistar uma noticia no jornal: “Cantor Sting visita tribo indígena brasileira”. Nesse momento teve uma idéia. Pegou o primeiro vôo para o Brasil. Após se reunir com a tribo dos Ituiambás, perguntou ansiosamente para o cacique.

- Quem sou eu?

O velho índio ficou pensativo, e quando o confuso empresário já perdia a esperança, começou a falar:

-Existe um conto antigo, que meu bisavô contou para o meu avô, que contou para o meu pai, que contou para mim e que agora chegará a você.

O jovem congelou, mas prestou atenção em cada palavra do índio.

“Há muito tempo existiu um solitário ornitorrinco. Órfão de pai e mãe desde que nasceu, o jovem animal não sabia quem realmente era. Vivia junto com outros bichos, mas nunca encontrou semelhante. Um dia, olhou para o reflexo seu na água e perguntou.

- Quem sou eu?

Nesse instante, percebeu que possuía bico muito parecido com os dos patos, concluindo:

- Nossa! Eu sou um pato!

Feliz, correu para o lago dos patos, gritando:

- Pessoal, eu também sou um pato!

Todos riram imediatamente, ignorando a presença do jovem ornitorrinco depois.

Triste, voltou a olhar para seu reflexo na água, perguntando:

-Quem é você?

Desta vez, observou seu rabo, que era achatado, lembrando muito o dos castores. Então teve mais uma idéia.

- Ora! Eu sou um castor!

Feliz, correu para a represa dos castores, gritando:

- Pessoal! Eu sou um castor!

Todos riram imediatamente, ignorando a presença do jovem ornitorrinco depois.

O jovem ornitorrinco viveu triste. Durante toda sua vida se imaginou como hipopótamo, tigre, tamanduá, até cabra, mas nunca se viu como um ornitorrinco. Nunca viveu como um ornitorrinco. Perdeu toda a sua vida, enquanto a resposta estava na sua frente.”

O jovem executivo ficou surpreso. E questionou a história do sábio indígena.

- Meu senhor, no que essa história me ajuda? Você esta dizendo que eu nunca descobrirei quem eu sou?

O cacique olhou diretamente nos olhos do rapaz e respondeu:

- Meu filho, Todos nós somos únicos, ninguém pode responder quem você é. Você se preocupa tanto nessa busca que acaba esquecendo viver como você. Se preocupe menos e viva mais, é isso que você tem que ser.

O jovem nunca mais se preocupou em achar sua resposta. Viveu feliz junto com sua família. Realizou grandes projetos junto a sua empresa, ajudou outras pessoas. Conseguiu fazer diferença vivendo como ele, e não se ocupando em saber quem ele era. Ele viveu, e não questionou a vida.

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Dica de Leitura do Mês

Infelizmente, não tive tempo para escrever esta semana, mas pensei numa maneira de recompensar. Todo mês postarei uma dica de leitura, música, filme, etc. Começaremos hoje, com um interessante texto que encontrei na internet, fazendo uma analogia entre o super-homem de Friedrich Nietzsche e o super-homem de Jerry Siegel e Joe Shuster.

Abriremos agora a porta da reflexão.

Link:

http://paginas.terra.com.br/arte/dubitoergosum/editor27.htm

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Violência Eterna

Violência. Sf.1. Qualidade de violento. 2. Ato violento. 3. Ato de violentar.

Desde o início, a violência existe na humanidade. Não se pode esquecer que o homem é um animal, e como um, possui seus instintos mais primitivos. É uma condição humana. Se olharmos para trás, veremos inúmeras atrocidades cometidas pela nossa espécie.

O ser humano é realmente fantástico. A humanidade foi capaz de chegar à lua, mas paradoxalmente, não é capaz de conviver com diferenças étnicas, religiosas, sociais, etc.

Nesse mês, o Brasil tomou uma forte dose atordoante com o caso da menina Isabella. Depois do episódio do jovem João Hélio, todos acharam que aquilo seria a última gota. Não foi. A torneira das barbáries continua aberta, pingando a cada momento, casos monstruosos de violência.

Atualmente, nossa sociedade assiste de mãos atadas, essas histórias, não sabendo quando será sua vez de ser o personagem principal. O medo de sair de casa e ser assaltado, baleado ou sofrer qualquer tipo de violência, nos torna como ovelhas presas no cercado, com medo de passear livres e correndo o risco de serem atacadas por uma raposa.

Infelizmente, por mais que existam alguns poucos iluminados, a violência só deixará de existir quando o homem, no sentido de espécie, deixar de ser homem.
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Capital em Caixa, para o futuro?

Há alguns meses, os maiores veículos informativos noticiaram mais um grande passo brasileiro rumo à transição de país de terceiro para primeiro mundo. O país possui em caixa, capital suficiente para quitar a dívida externa, migrando assim de devedor para credor. Uma ótima noticia, reflexo da administração do atual governo, que freou os altos investimentos.

Nesta última sexta-feira, deparei-me com uma interessante reportagem do jornal O Globo, ratificando o fato já mencionado nesta coluna. A Standard & Poor´s1, concedeu ao Brasil o investment grade, classificação de risco indicativa de um investimento seguro. Assim, o sinal verde para as grandes empresas investirem no Brasil é dado.

Parabéns à política monetária, que registra sucessos consecutivos. Mas deve-se ter atenção, pois atingir este índice não significa que o país pode se acomodar. É necessário que o aprofundamento de suas reformas e o investimento em educação e infra-estrutura seja utilizado corretamente, quando o capital entrar. Pois para perder este título é apenas um pulo.

Neste momento, uma questão nos confronta. Enfiados num mar de lama e corrupção, é difícil acreditar que este dinheiro será utilizado de forma coerente. Se o futuro dele será em um paraíso fiscal ou investido na população, é outra história. Olhos abertos neste momento. O governo brasileiro vive um momento de comemoração, mas não deve esquecer suas obrigações.

1. A Standard & Poor’s é a principal provedora de informações para os mercados financeiros globais, e também a principal fonte de ratings de crédito, índices, pesquisas de investimento, avaliações de risco e dados. A Standard & Poor's fornece as informações necessárias para que os investidores possam tomar suas decisões com mais confiança.

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Cidadania Enferma

Texto retirado do livro “Despoluindo a Política”, de Carlos Minc

“A grande cidade é como um organismo vivo gravemente enfermo. Ela é a expressão de profundos desequilíbrios econômicos, ecológicos e espaciais que configuram um ser disforme, com o corpo atrofiado e a cabeça de monstrengo.

A grande metrópole é com um predador colonialista que drena recursos e população do conjunto do território, conformando em pequenas áreas espaços congestionados, neurotizantes, com máxima entropia, e gerando em contrapartida, no rastro do êxodo, autênticos desertos demográficos, espaços decadentes e desarticulados. Nestas áreas a população padece de equipamento social e está entregue à monoindústria, ao latifúndio monocultor, ao desemprego sazonal e ao raquitismo salarial.

O organismo urbano está doente. O diagnóstico é assustador. A cidade está com conjuntivite, tem a vista agredida por espigões, irritada pela poluição, desfigurada por obras que dilaceram seu espaço arquitetônico e natural. A Cidade fraturou as pernas, tropeçando em buracos ou desabando do surfe ferroviário. A Cidade contraiu otite, tem os tímpanos inflamados pelos decibéis do Trânsito e das fábricas ou avariados na assintomática surdez dos responsáveis pelos órgãos de atendimento público. O organismo urbano está com amnésia, perdeu sua memória história devido à especulação imobiliária. Perdeu também o controle sobre seu crescimento, e as células enfermas se reproduzem qual um câncer metropolitano.

A cidade está a beira de um ataque de nervos, atormentada pelo trânsito infernal, assaltada em cada esquina ou na diária remarcação de preços e tensionada pelo individualismo e pela competição corrosiva.

A Cidade sofre do estômago, gente sem ter o que comer, outros regando com gordura o seu colesterol ou se envenenando lentamente com corantes, conservantes e acidulantes.

A Cidade tem um coração que sofre injustiças sociais e com extrema solidão urbana, paradoxal contrapartida de uma supostamente infindável oferta de oportunidades.

A Cidade sofre...”


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