Ave, Cesar...

16 anos (contando com o mandato de Paulo Conde) no poder, não é de se fazer feio a nenhum imperador romano. Conhecido por certas excentricidades, César Maia foi do céu ao inferno em sua era, gozando de prestigio da população até seu fim melancólico. Seu mandato foi de um prefeito ativo, zelando pela ordem urbana de forma extraordinária. Foi também em seu primeiro mandato que começou o projeto de construção da Linha Amarela, sua obra mais cara, principal via que liga a Zona Norte com a Zona Oeste.
César era visto nas ruas, conversando com a população e lutando para colocar ordem na casa. Era o perfeito populista. Ainda no final da primeira parte de sua era, mostrou todo seu poder administrativa, com um superávit de 1 bilhão, em meio a crise que o país se encontrava, antes do plano real. Em seus seguintes anos, César continuou com suas obras mirabolantes, incluindo um museu parcialmente submerso na baía de Guanabara, chamado de projeto Guggenheim. Felizmente esse projeto não vingou, pois seria muito mais prático reestruturar os museus já existentes.
Com o passar do tempo, César foi deixando de lado seu lado populista, sendo conhecido como o prefeito blogueiro. Sua imagem de ativo perante a sociedade foi apagando, deixando a imagem desse prefeito virtual. Durante esse período ocorreram as obras do Pan-americano, que inicialmente era um projeto modesto, mas que em vista da possibilidade do Rio de Janeiro ser um forte candidato para as Olimpíadas de 2016, necessitou de um investimento muito superior ao inicialmente planejado. Essa foi a característica desse segmento do governo César Maia: O esporte.
Em seu mandato ainda nos deparamos com problemas na área da saúde, como as epidemias de dengue por exemplo. No fim, ainda com seu sonho pessoal de criar o “Taj Mahal” carioca, que inicialmente foi por água a baixo com o projeto Guggenheim, César iniciou a construção da Cidade da Música, grande projeto cultural que extrapolou verbas, atingindo cifras de 500 milhões e certamente vai sempre fechar no vermelho, causando rombos nos cofres da prefeitura.
César Maia foi simplesmente o prefeito que mostrou dois lados da moeda. É com total autoridade que César poderia escrever um livro intitulado “Como ser um prefeito ótimo e um prefeito ruim.” Essa descredibilidade pode ser traduzida nos resultados das eleições desse ano. Eduardo Paes, inicialmente cria política de César que virou algoz do mesmo, venceu as eleições, enquanto há 12 anos, um candidato com a marca César só foi eleito pelo prestigio do prefeito.
Porém a era César Maia não promete terminar aqui, sua história ainda tem muito pela frente, e ele promete: 2012 ele está de volta.

1 Comentário:

Contornos da vida

Fonte: Jornal "O globo"
xD

Muiito bom ;D

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