O Conto do Ornitorrinco.


Este texto é de minha autoria, feito para um trabalho da escola. Apresenta uma mensagem de reflexão, para um problema que todos no mundo encontram: A dúvida de quem são e qual é a sua missão na Terra.

Um jovem executivo de uma bem sucedida empresa possuía tudo que qualquer pessoa poderia querer. Carro, sucesso, dinheiro, mas esse empresário tinha um objetivo. Descobrir quem ele realmente era. Parecia não estar satisfeito com a idéia de ser um empresário. “Apenas um empresário?”, ele pensava. Viajou pelos quatro cantos do mundo, visitando desde gurus até cardeais, mas nunca conseguiu encontrar sua resposta. Parecia desistir, até avistar uma noticia no jornal: “Cantor Sting visita tribo indígena brasileira”. Nesse momento teve uma idéia. Pegou o primeiro vôo para o Brasil. Após se reunir com a tribo dos Ituiambás, perguntou ansiosamente para o cacique.

- Quem sou eu?

O velho índio ficou pensativo, e quando o confuso empresário já perdia a esperança, começou a falar:

-Existe um conto antigo, que meu bisavô contou para o meu avô, que contou para o meu pai, que contou para mim e que agora chegará a você.

O jovem congelou, mas prestou atenção em cada palavra do índio.

“Há muito tempo existiu um solitário ornitorrinco. Órfão de pai e mãe desde que nasceu, o jovem animal não sabia quem realmente era. Vivia junto com outros bichos, mas nunca encontrou semelhante. Um dia, olhou para o reflexo seu na água e perguntou.

- Quem sou eu?

Nesse instante, percebeu que possuía bico muito parecido com os dos patos, concluindo:

- Nossa! Eu sou um pato!

Feliz, correu para o lago dos patos, gritando:

- Pessoal, eu também sou um pato!

Todos riram imediatamente, ignorando a presença do jovem ornitorrinco depois.

Triste, voltou a olhar para seu reflexo na água, perguntando:

-Quem é você?

Desta vez, observou seu rabo, que era achatado, lembrando muito o dos castores. Então teve mais uma idéia.

- Ora! Eu sou um castor!

Feliz, correu para a represa dos castores, gritando:

- Pessoal! Eu sou um castor!

Todos riram imediatamente, ignorando a presença do jovem ornitorrinco depois.

O jovem ornitorrinco viveu triste. Durante toda sua vida se imaginou como hipopótamo, tigre, tamanduá, até cabra, mas nunca se viu como um ornitorrinco. Nunca viveu como um ornitorrinco. Perdeu toda a sua vida, enquanto a resposta estava na sua frente.”

O jovem executivo ficou surpreso. E questionou a história do sábio indígena.

- Meu senhor, no que essa história me ajuda? Você esta dizendo que eu nunca descobrirei quem eu sou?

O cacique olhou diretamente nos olhos do rapaz e respondeu:

- Meu filho, Todos nós somos únicos, ninguém pode responder quem você é. Você se preocupa tanto nessa busca que acaba esquecendo viver como você. Se preocupe menos e viva mais, é isso que você tem que ser.

O jovem nunca mais se preocupou em achar sua resposta. Viveu feliz junto com sua família. Realizou grandes projetos junto a sua empresa, ajudou outras pessoas. Conseguiu fazer diferença vivendo como ele, e não se ocupando em saber quem ele era. Ele viveu, e não questionou a vida.

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Dica de Leitura do Mês

Infelizmente, não tive tempo para escrever esta semana, mas pensei numa maneira de recompensar. Todo mês postarei uma dica de leitura, música, filme, etc. Começaremos hoje, com um interessante texto que encontrei na internet, fazendo uma analogia entre o super-homem de Friedrich Nietzsche e o super-homem de Jerry Siegel e Joe Shuster.

Abriremos agora a porta da reflexão.

Link:

http://paginas.terra.com.br/arte/dubitoergosum/editor27.htm

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Violência Eterna

Violência. Sf.1. Qualidade de violento. 2. Ato violento. 3. Ato de violentar.

Desde o início, a violência existe na humanidade. Não se pode esquecer que o homem é um animal, e como um, possui seus instintos mais primitivos. É uma condição humana. Se olharmos para trás, veremos inúmeras atrocidades cometidas pela nossa espécie.

O ser humano é realmente fantástico. A humanidade foi capaz de chegar à lua, mas paradoxalmente, não é capaz de conviver com diferenças étnicas, religiosas, sociais, etc.

Nesse mês, o Brasil tomou uma forte dose atordoante com o caso da menina Isabella. Depois do episódio do jovem João Hélio, todos acharam que aquilo seria a última gota. Não foi. A torneira das barbáries continua aberta, pingando a cada momento, casos monstruosos de violência.

Atualmente, nossa sociedade assiste de mãos atadas, essas histórias, não sabendo quando será sua vez de ser o personagem principal. O medo de sair de casa e ser assaltado, baleado ou sofrer qualquer tipo de violência, nos torna como ovelhas presas no cercado, com medo de passear livres e correndo o risco de serem atacadas por uma raposa.

Infelizmente, por mais que existam alguns poucos iluminados, a violência só deixará de existir quando o homem, no sentido de espécie, deixar de ser homem.
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Capital em Caixa, para o futuro?

Há alguns meses, os maiores veículos informativos noticiaram mais um grande passo brasileiro rumo à transição de país de terceiro para primeiro mundo. O país possui em caixa, capital suficiente para quitar a dívida externa, migrando assim de devedor para credor. Uma ótima noticia, reflexo da administração do atual governo, que freou os altos investimentos.

Nesta última sexta-feira, deparei-me com uma interessante reportagem do jornal O Globo, ratificando o fato já mencionado nesta coluna. A Standard & Poor´s1, concedeu ao Brasil o investment grade, classificação de risco indicativa de um investimento seguro. Assim, o sinal verde para as grandes empresas investirem no Brasil é dado.

Parabéns à política monetária, que registra sucessos consecutivos. Mas deve-se ter atenção, pois atingir este índice não significa que o país pode se acomodar. É necessário que o aprofundamento de suas reformas e o investimento em educação e infra-estrutura seja utilizado corretamente, quando o capital entrar. Pois para perder este título é apenas um pulo.

Neste momento, uma questão nos confronta. Enfiados num mar de lama e corrupção, é difícil acreditar que este dinheiro será utilizado de forma coerente. Se o futuro dele será em um paraíso fiscal ou investido na população, é outra história. Olhos abertos neste momento. O governo brasileiro vive um momento de comemoração, mas não deve esquecer suas obrigações.

1. A Standard & Poor’s é a principal provedora de informações para os mercados financeiros globais, e também a principal fonte de ratings de crédito, índices, pesquisas de investimento, avaliações de risco e dados. A Standard & Poor's fornece as informações necessárias para que os investidores possam tomar suas decisões com mais confiança.

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Cidadania Enferma

Texto retirado do livro “Despoluindo a Política”, de Carlos Minc

“A grande cidade é como um organismo vivo gravemente enfermo. Ela é a expressão de profundos desequilíbrios econômicos, ecológicos e espaciais que configuram um ser disforme, com o corpo atrofiado e a cabeça de monstrengo.

A grande metrópole é com um predador colonialista que drena recursos e população do conjunto do território, conformando em pequenas áreas espaços congestionados, neurotizantes, com máxima entropia, e gerando em contrapartida, no rastro do êxodo, autênticos desertos demográficos, espaços decadentes e desarticulados. Nestas áreas a população padece de equipamento social e está entregue à monoindústria, ao latifúndio monocultor, ao desemprego sazonal e ao raquitismo salarial.

O organismo urbano está doente. O diagnóstico é assustador. A cidade está com conjuntivite, tem a vista agredida por espigões, irritada pela poluição, desfigurada por obras que dilaceram seu espaço arquitetônico e natural. A Cidade fraturou as pernas, tropeçando em buracos ou desabando do surfe ferroviário. A Cidade contraiu otite, tem os tímpanos inflamados pelos decibéis do Trânsito e das fábricas ou avariados na assintomática surdez dos responsáveis pelos órgãos de atendimento público. O organismo urbano está com amnésia, perdeu sua memória história devido à especulação imobiliária. Perdeu também o controle sobre seu crescimento, e as células enfermas se reproduzem qual um câncer metropolitano.

A cidade está a beira de um ataque de nervos, atormentada pelo trânsito infernal, assaltada em cada esquina ou na diária remarcação de preços e tensionada pelo individualismo e pela competição corrosiva.

A Cidade sofre do estômago, gente sem ter o que comer, outros regando com gordura o seu colesterol ou se envenenando lentamente com corantes, conservantes e acidulantes.

A Cidade tem um coração que sofre injustiças sociais e com extrema solidão urbana, paradoxal contrapartida de uma supostamente infindável oferta de oportunidades.

A Cidade sofre...”


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